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É estranho perceber nossa própria evolução, olhar para trás e ver como mudamos. É um misto de orgulho com estranheza, como quando você planeja muito uma viagem e finalmente chega na cidade escolhida: é estranho porque é novo, mas é bom, muitas vezes pelo mesmo motivo.

Tenho me percebido muito diferente, mas de alguma forma permanecendo a mesma. É, confuso, mas você já deveria me conhecer o suficiente pra saber que posso mudar o quanto quiser, a confusão é parte inseparável de mim, assim como a fé inabalável no amor ou a vontade de comer pizza. Acho que chamam isso de essência, o que é exatamente sobre o que queria lhe falar.
Passei por um ano difícil, voltei a um dos pontos mais fundos da minha depressão e me forcei a coisas que numa mente sã jamais faria. Perdoei fora de hora, me castiguei sem porquê, me derramei por coisas que já havia me prometido jamais chorar novamente, e sorri muito pouco. Mas me conforta pensar que passei por tais coisas porque precisava. Gosto de pensar que somos como casas, temos que constantemente ser arrumados e ajeitados com pequenas reformas, ou até mesmo grandes, afinal, acrescentar um cômodo ou outro agrega valor. Somente assim estaremos prontos para abrigar aqueles que mesmo casas, não se sentem lar. 
Então me prometi que iria mudar, iria continuar com as mudanças mas de forma mais calma e sutil, acho que já tive o suficiente do radical. Foi nessa promessa que percebi o quanto havia mudado, e o quanto havia gostado de mudar. Andava apressada, afobada, sem conseguir pensar para onde e por que ia, correndo contra o tempo e todos, mas quem eram todos? Nem eu sabia. 

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